Em 2009, Juma Xipaia, de 18 anos, anunciou que seu destino estaria “lutando pela causa indígena. Defender meu povo. Minha vida”, acrescentou com presciência discreta, “será uma luta”. Apenas seis anos depois, ela se tornou a primeira chefe do Center Xingu, na Bacia Amazônia do Brasil. Desde então, ela liderou um movimento para a proteção internacional da Amazônia, sobreviveu a meia dúzia de tentativas de assassinato, estudou direito e medicina, serviu como o primeiro secretário de direitos indígenas do Brasil e se tornou mãe. Atualmente, ela tem 34 anos.
Por cinco anos, o documentarista Richard Ladkani (“Jane’s Journey”) se incorporou e sua equipe com Juma e seu marido Hugo, o chefe de operações especiais da EPA do Brasil. Embora ela seja o foco principal, o resultado é um retrato inspirador de dois defensores ambientais inegavelmente notáveis. Estamos ao seu lado, pois eles experimentam altos inesperados e baixos devastadores, que são impactados dramaticamente pela natureza da política brasileira. Quando o Jair Autocrático Bolsonaro é eleito, o destino da Amazônia diminui severamente e, quando ele é derrotado pelo Lula Socialmente Liberal, há notas de promessa e até progresso.
Juma é um produtor do filme, que mina qualquer senso de objetividade; “Yanuni” é tão reverencial quanto um retrato pode ser. Mas também garante acesso imediato e intenso, permitindo -nos presentes onde quer que ela e Hugo estejam: reuniões políticas, ataques a acampamentos de mineração ilegais, a sala do hospital onde ela dá à luz.
Leonardo DiCaprio também é um produtor, o que acrescenta um pouco de brilho a uma escolha inesperada para o filme noturno de encerramento do pageant Tribeca. Mas, para o grande crédito do pageant, esse ecológico descaradamente sóbrio e abertamente político não é uma entrada típica de gala. Sem um horário de destaque em um grande pageant, um filme como esse pode muito bem ser esquecido. Como Juma sabe claramente, quando não há fim para explorar, não há descanso para os explorados.
O que é, provavelmente, por que ela queria participar de um documentário como este. Agarrar terras, mineração, sobrepesca, exploração madeireira: as reivindicações avarentos na Amazônia e seus povos indígenas são quase intermináveis. E toda vez que ela e Hugo expõem ou destruem um grupo de malfeitores, outro aparece, pronto para ganhar dinheiro enquanto contaminava água, envenenando crianças, mordendo aldeias.
“Estamos em guerra há muito tempo”, explica Juma. A Amazônia “não é apenas uma floresta. Ela é nossa mãe. Ela é conhecimento e a cura. Eles estão invadindo, roubando nossos territórios. Nosso lugar sagrado, lar dos encantados, de nossos protetores, dos animais e dos rios que estão secando”.
O mundo nunca pode se libertar de líderes corruptos ou os oportunistas descuidados que os seguem como parasitas. O que significa que não apenas precisamos de mais ativistas como Juma e Hugo, mas também precisamos saber mais sobre eles. “Yanuni” é o native perfect para começar.