Sobrevivendo a Acomarca
A lei de anistia pendente poderia apagar aproximadamente 156 condenações e mais de 600 investigações em andamento, de acordo com organizações de direitos humanos.
Não apenas protegeria membros militares e policiais contra a acusação, mas também concederia anistia “humanitária” a funcionários já condenados com mais de 70 anos.
Para muitos sobreviventes do conflito armado do Peru, o projeto reabre as velhas feridas.
As comunidades rurais e indígenas eram especialmente hit e continuam lutando com a marginalização e a desigualdade.
Estima -se que 79 % das vítimas de 1985 a 2000 viviam em áreas rurais e 75 % falavam um idioma indígena como sua língua materna, como Quechua.
O próprio Ochoa agora lidera um grupo que representa as famílias daqueles mortos em ACOMARCA. Ele disse que seus membros se sentem “indignados e traídos” pelas ações do Congresso.
Sua vida foi descarrilada pelos eventos de 1985. Ele credita o trauma que sofreu por impedir seus estudos. O que aconteceu na manhã em que ele estava cultivando do lado de fora da aldeia permanece com ele até hoje.
“Os militares chegaram e pediram às pessoas que se reunissem para uma assembléia da cidade”, explicou Ochoa, pontuando seus pensamentos com longas pausas.
“Depois que todos se reuniram, separaram as mulheres dos homens e as colocaram dentro de uma das cabanas dos moradores. As mulheres foram agredidas, os homens foram torturados e a cabana foi disparada e queimada com todos por dentro”.
Ao descobrir o derramamento de sangue, um occhoa aterrorizado e seu pai fugiram da área. Os militares continuavam conduzindo ataques na área e não estavam seguros.
Ele agora vive na capital Lima com seu parceiro e trabalha em construção.
Peru’s Comissão de verdade e reconciliação Mais tarde, determinaria que 62 vítimas foram mortas no bloodbath em Acrosca, incluindo mulheres, idosos e crianças.
Eles incluíram a mãe de Ochoa, o irmão de 8 anos e a irmã de 6 anos. Ele também perdeu tias e primos nos tiros.
As execuções em Accomarca fizeram parte de uma operação militar chamada Operação Huancayoc, que foi projetada para atingir suspeitos de membros do caminho brilhante.
Mas, apesar de não encontrar evidências que ligem os moradores ao grupo rebelde, uma unidade militar liderada pelo segundo tenente Telmo Hurtado Hurtado realizou suas execuções. Hurtado até usou uma granada para ajudar a matar os moradores.
Oficiais do Exército de alto escalão na cidade vizinha de Ayacucho também planejaram e aprovaram a operação.
“A ordem period matar todos”, lembrou Ochoa. Os militares mataram sete testemunhas nos dias que se seguiram, de acordo com a Comissão de Verdade e Reconciliação.
A Comissão concluiu que massacres como o que aconteceu em AcroMarca eram consistentes com as táticas gerais das forças armadas.
“As execuções extrajudiciais, desaparecimentos forçados e torturas não foram o resultado de iniciativas individuais, mas a execução de uma estratégia”, afirmou a Comissão em seu relatório.