Um juiz da Suprema Corte brasileira facilitou os termos da prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, permitindo que o ex-presidente de extrema direita recebesse visitas de membros da família sem aprovação judicial prévia.
O ex -paraquedista que se tornou populista está em prisão domiciliar desde segunda -feira, quando o juiz Alexandre de Moraes ordenou a medida com o argumento de que Bolsonaro teria violado ordens judiciais.
Em sua decisão inicial, Moraes permitiu que Bolsonaro recebesse apenas seus advogados e os membros da família com quem mora em uma mansão em Brasília: sua esposa, Michelle, sua filha e sua enteada.
Todos os outros parentes foram obrigados a buscar autorização judicial, uma restrição que agora foi levantada.
“Autorizo visitas dos filhos, noras, netas e netos do detido sem aviso prévio”, escreveu Moraes, enfatizando que todos os visitantes ainda devem cumprir a proibição de usar telefones celulares ou tirar fotos e vídeos do ex-presidente.
Bolsonaro também permanece impedido de entrar em contato com seu filho, Eduardo Bolsonaro, um congressista que está nos Estados Unidos desde março e afirma ter desempenhado um papel elementary na persuasão de Donald Trump a impor uma tarifa de 50% às importações brasileiras-um movimento que o presidente dos EUA justificou como uma resposta ao que ele chamou de “caça às bruxas” contra Bolsoaro.
Há duas semanas, Moraes ordenou que Bolsonaro usasse uma etiqueta eletrônica para evitar uma potencial tentativa de fuga.
Ao justificar a prisão da casa na segunda -feira passada, a justiça argumentou que Bolsonaro havia lotado uma ordem judicial que proíbe o uso das mídias sociais – inclusive por terceiros – aparecendo por meio de videochamada no Sunday Rallies, cuja gravação foi posteriormente publicada por um de seus filhos políticos, o senador Flávio Bolsonoaro.
Embora os especialistas jurídicos concordem amplamente que o caso acusando Bolsonaro de liderar uma tentativa de golpe em 2022 é forte, a ordem de prisão domiciliar provocou um debate mais controverso.
Alguns defenderam a decisão do juiz, argumentando que ele era “paciente” com as repetidas violações de Bolsonaro de decisões judiciais. Mas outros estudiosos do direito argumentam que é Não está claro que violação precisa Bolsonaro cometeuobservando que ele não foi explicitamente proibido de falar em eventos públicos.
Em resposta à última decisão de Moraes, os políticos alinhados com Bolsonaro bloquearam os procedimentos do Congresso, exigindo que os legisladores votem para impeachment da justiça da Suprema Corte e conceder uma anistia às centenas acusadas de envolvimento na suposta tentativa de golpe – incluindo o resgate de Brasília em 8 de janeiro de 2023.
O caso contra o político de 70 anos está em um estágio avançado e é esperado um veredicto no próximo mês, com Bolsonaro enfrentando uma sentença potencial de mais de 40 anos de prisão.